Um fato desse tamanho,
Ocorrido nos Atins,
Belo trecho litorâneo,
Na costa vimaranense,
A causar grande
suspense
Para a história: muito
estranho!
Vinha o Ville de
Boulogne,
Um navio mercantil,
Atravessando o
Atlântico,
Entre a França e o
Brasil,
Com destino a este
Estado;
Por estar desnorteado,
Bateu na croa e partiu.
No momento do alvoroço,
Desse sinistro naval,
Os franceses recolheram
Apenas o principal;
Ignoraram por inteiro
A vida do passageiro,
Que vinha à terra
natal.
Ao pensarem socorrê-lo
Encontraram-no já
morto,
Entre os restos do
navio,
Que fez dos Atins seu
porto;
Ele vinha bem doente,
Há tempos,
sofridamente,
Abraçado em
desconforto.
O fato repercutiu,
Até na Capitania,
Que quis saber bem de
perto,
Como foi Gonçalves Dias
Terminar dessa maneira,
Bem na terra da
palmeira
Sabiá e poesia.
Ouvindo a voz de Ana
Amélia,
Já divisava o arrebol;
Via ao longe,
cintilantes,
Os piscados do farol,
A projetar para a
história
O caxiense de glória
Tão brilhante quanto o
sol.
Poema extraído do Livro "Cordel Maranhense, Sem Mentira Nenhuma"
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