A vaca também constava
No presépio de Belém,
Na chegada de Jesus
Em noite de muito amém;
Nesse improvisado
arranjo,
Ela viu até os anjos
Cantando para o neném.
Na Índia, a vaca é
sagrada,
Adorada como deusa;
Ela não pode ser morta
Por causa de sua
alteza;
Aqui, porém, tem aceite
Por causa do rico leite
E da carne sobre a
mesa.
A vaca depois de morta,
Modifica até o sexo,
Ao ser chamada de boi;
Um costume com reflexo
No preço lá no mercado,
Onde morre como gado
Na natureza sem
nexo.
É muito belo o cenário
De uma vaca no curral,
Amamentando o filhote
Á vista do maioral,
Touro bravo, vigoroso,
Que deixa o dono orgulhoso
Por lhe render capital.
Tem vaca de todo preço,
Dependendo de sua raça;
Se é nelore ou zebu,
Da holandesa nunca
passa;
Na exposição pecuária
Ela é campeã da área
Onde recebe uma taça.
Se a vaca contém
aftosa,
De logo comenta o povo,
Que “a vaca foi para o
brejo”
E “o pinto para seu ovo”;
Mas quando a raça quer
bis,
Faz logo dela matriz
Junto de um garrote
novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário