Luminosa no horizonte,
Por detrás do oceano
A clarear nenhum monte;
Projeta seu refletor
Sobre esta Ilha do Amor
De muitos prédios e pontes.
É a lua sobre a Ilha,
Em seu aspecto noturno;
Nunca vista assim tão bela,
Pelo período diurno;
Ela agora evidencia
Cenário de poesia
Antes de mudar de turno.
Nesta hora dá vontade
De degustar o café
Defronte do Rio Anil,
Apreciando a maré;
Ou comendo uma canjica
Na casa de Dona Chica
Sob o olhar de São José.
Todos podem contemplar
A realeza da lua;
Só não percebe quem dorme
Em algum canto da rua,
Ou em taipa bem modesta,
Onde perde toda festa
Por não a ver toda nua.
Também não vê tal beleza
O que vive pelo bar;
O que joga ou se esconde,
À noitinha, no seu lar;
Quem a mira, pede bis
Por saber que São Luís
Tem o mais belo luar.
Nem talvez nosso Catulo
Tenha visto coisa igual:
O luar ludovicense
Desde a Praia do Calhau;
Ao fitar as maravilhas
Existentes nesta Ilha;
Privilégio magistral.
Poema extraído do livro "Cordel Maranhense, Sem Mentira Nenhuma".
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