Na família do caprino
Ele berra como pode;
Quando o bicho não é
cabra
Com certeza é o bode;
Também chamado cabrito,
Quando mama, dá uns
gritos,
julgando que seja toddy.
Aprecia saltitar,
Por ser lá bastante
arisco;
Pra ser pego, dá
trabalho,
A não ser depois do risco;
Muito cheio de
mandinga,
Com sua forte catinga
Apesar de ser petisco.
Caprino muito visado,
Em quase todo Nordeste,
Até mesmo que carneiro,
Pelo tal "cabra da
peste";
Esse animal que faz bé,
No Piauí é filé,
Campeão de qualquer
teste.
Ele gosta de trepar
Pelos morros e
rochedos,
A comer tudo de verde,
Começando desde cedo;
Não gosta muito de
aquário
E até o veterinário
Desconhece seus
segredos.
Muitos deles se
aproveitam,
No terreiro da macumba
E também, nas entidades,
Que mandam benzer a
tumba
Com o sangue do
coitado,
Tido como enfeitiçado
Pra curar até caxumba.
Pelo visto, o bode
velho
É alvo de idolatria
Por quem alimenta o mal
No altar da feitiçaria;
Apesar de ser
simbólica,
Provoca crença
diabólica
Porque só berra, não
mia.
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