Às vezes quem parte
sabe
Qual trajetória e endereço,
De quem vai se
deslocando,
Despreocupado do preço
E também dos desafios;
De avião ou de navio
Tudo tem os seus
tropeços.
Quem viaja sem roteiro,
Tropeça com mais
frequência;
Quer voando ou
navegando,
As surpresas são
imensas;
Pela terra o passageiro
Focaliza o nevoeiro
E o tom da turbulência.
No trajeto sem problema,
Do começo até o fim,
Deve agradecer a Deus
Por não ser lá tão
ruim;
O melhor vem pela
frente,
Com emprego bem decente
Para quem está a fim.
A viagem a passeio,
Entre todas, a melhor;
É lazer descontraído,
Sem lembrança da vovó;
Só deseja novidades,
Os encantos da cidade,
Fotografados sem dó.
Se a partida é forçada,
Como quem foge de
alguém
Ou de algo temerário,
É bom que vá mais além,
Sem que deixe qualquer
pista,
Pois se não bancar o
artista,
Volta chorando no trem.
Se tem sorte no
percurso,
Numa boa companhia,
O tempo nem se incomoda
Com essa súbita alegria,
Que envolve os dois viajantes,
Felizes e só pensantes
Na transitória euforia.
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