Homenagem ao bicentenário de Gonçalves Dias

De Paulo Oliveira (Pauliver)

Ó Memorável poeta,

Antônio Gonçalves dias,

Filho de branco e mestiça,

No Berçário de Caxias.,

Hoje, repleno de Glória,

tem reprise a sua História

com soberba e galhardia.

Lá na pátria de Camões,

Bacharelou-se em direito.,

pelas aulas de Coimbra

proclamou os seus conceitos.,

Quando vivia por lá,

Não conseguiu suportar

a saudade de seu peito.

Na esbelta canção do exílio

demarcou a diferença,

de estar na terra alheia

ou na sua, bela e extensa,

com Fauna e Flora Altivas,

entre gente bem cativa,

sacramentada por bençãos.

Lembrou-se, então, dos gorjeios

do nativo sabiá,

inexistente na Europa.,

tão farto neste lugar,

tão cantantes nas Palmeiras

desta Atenas brasileira,

sem outra pra lhe igualar.

A paixão de sua vida

foi Ana Amelia, Somente,

apesar de se casar

com uma outra pretendente.,

No melhor poema seu:

"Ainda uma vez adeus,"

expôs seu amor ardente.

Foi poeta e advogado,

Romântico é Indianista,

Teatrólogo e Etnógrafo,

Professor e Jornalista.,

Juca-Pirama, o Poema

concedeu-lhe fama extrema

de fiel Nacionalista.

Morreu la pelos atins,

na costa de Guimarães,

de forma misteriosa,

Já no romper das manhãs,

com seu corpo nunca visto.,

pelos presságios benquistos,

foi levado por Titãs.

Tem as cores da Amazônia

a rasão desta Homenagem,

verde, louro, céu azul

com o drama da viagem

desse nosso Herói e mito,

tornou seu nome bem dito

E altaneira a sua imagem.