POEMA - COMEÇO SEM FIM

 


COMEÇO SEM FIM

 

Eita começo sem fim!

É azar ou quase sorte?

O povo tudo fazendo

Para não olhar a morte;

O começo foi surpresa

Desse mal que com certeza

Quer nos dá o passaporte.

 

Milhares de cidadãos,

Até os dias presentes,

Viajaram para o além,

Deixando amigos, parentes

Sem que se saiba a real

Origem dessa letal

Forma de não ser mais gente.

 

Não importa de onde veio;

O que interessa é a cura

Desse vírus diabólico,

Que nos leva à sepultura;

Já inventaram de tudo

Para porem um escudo

Entre nós e essa tortura.

 

Toda e qualquer providência

Criaram na medicina,

Sempre achando que a culpada

É a enigmática China,

 E agora, a competição

Envolve qualquer nação,

Indo em busca de vacina.

 

O pior desse remédio

É que não dá para todos,

Só para os selecionados;

O resto terá o engodo

De que todos terão vez

Na mentira do talvez,

Curado com chá de boldo.

 

Todo tipo de recurso

Foi usado sem parar,

Mas a coisa piorou

Pra quem tem de respirar;

Com o pulmão enfraquecido

E oxigênio resumido,

Só Deus mesmo pra salvar.

 

 

Autor: Paulo Oliveira

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