Diz a história que o
bichano
Tem procedência do
Egito,
Onde foi domesticado,
Para resolver conflito,
Entre aquele povo e o
rato;
Após trazido do mato,
Transformou-se até em
mito.
Como ali deu muito
certo,
Foi levado para Arábia;
Depois, indo para
Itália;
Transferência muito
sábia
Por se espalhar pelo
mundo;
O gato não é imundo
Por se limpar só com
lábia.
O chandico é muito
dócil,
Dorminhoco e
preguiçoso;
Animal tão bem tratado,
Por isso, sempre
manhoso;
Mas diante de um
canino,
Ronrona quase rugindo
Igualmente furioso.
Geralmente gato pobre
Come rato e ninharia,
Mas o gato da madame,
Só ração e mordomia;
Sua feze fedorenta
Nem ele próprio
aguenta,
Enquanto só funga e
mia.
Tem a fama de ladrão,
Quando furta é pra
comer;
Por isso ele tem razão,
Porque pode acontecer
Até mesmo com o homem,
Pois, para não morrer
de fome,
Transforma seu
proceder.
Gato preto tem a fama
De servir para feitiço;
Grita alto,
incomodando,
Quando se encontra no
viço;
Tem amor por onde mora;
Se seu dono vai embora,
Cessa todo compromisso.
Paulo Oliveira
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