Apesar de ser inseto,
A formiga é uma praga;
No reino dos vegetais,
Tanto come como
estraga,
Se folha, leva ao
viveiro;
Se algo doce, come
primeiro
E só freia aonde alaga.
Se é saúva que ataca,
Nada da maniva sobra,
Sendo as folhas
transportadas
A uma câmara que engloba
Suprimento para o
inverno;
Enquanto só resta o inferno
Para o lavrador que
cobra.
Pior é dentro de casa,
Onde elas também
mandam;
Se tem açúcar na mesa,
Festejam e não se
zangam;
Elas surgem de repente
Em um lugar, onde a
gente
Nunca pensa que elas
andam.
Do tempo dos
dinossauros,
Pré-históricas elas
são,
Se ainda estão pela
terra,
Muito mais inda
estarão,
Por serem organizadas,
Vivendo fraternizadas,
Ensinando essa lição.
Família formicidae,
O grupo mais numeroso
De insetos deste
planeta,
Tem um número assombroso;
De espécies, mais de
dois mil;
Seu gênero tão viril
Pela terra é vultuoso.
Sentar nu no
formigueiro
Não é coisa que se
faça;
Só estando endiabrado
Ou chapado de cachaça;
Nessa hora, a rainha
delas
Pede a todas: morde e
pela,
Pra deixar de fazer graça.
Paulo Oliveira
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