Como é digno
comportar-se,
Na frente de todo
mundo,
Sem passar qualquer
vergonha,
Nem que seja um só
segundo;
O vexame é coisa feia,
Ainda mais em casa
alheia,
Seja nobre ou
vagabundo.
Na hora da refeição,
Não se pega na comida;
Só se usa faca e garfo
E a colher vem em
seguida,
Ajudando no manejo,
Muita calma, sem fulejo
E sem a boca entupida.
Nunca se atravessa o
braço
Sobre o prato do
vizinho,
Peça algo, gentilmente,
Fingindo ser um gatinho;
Por favor, não fale
alto
Nem haja com
sobressalto
No instante de beber vinho.
Não fale mal da comida,
Quando em volta de uma
mesa,
Por que pode receber
Alguma ingrata
surpresa,
Algo com muita pimenta
Ou outra coisa nojenta,
Oculta na sobremesa.
Evite comer em pé,
Quando estão sentados
todos;
Não mostre ter muita
fome,
Em tudo passando o
rodo;
Cuidado com os arrotos,
Que você não é um boto
Nem mora dentro do
lodo.
Nunca tire a dentadura,
Na frente de
convidados;
Não peça lenço a
ninguém,
Quer esteja ou não
gripado;
Nunca fale, beliscando
A quem está
conversando,
Para não ser rejeitado.
Poema extraído do livro "Cordel das Emoções, Sem Lágrimas de Crocodilo", de Paulo Oliveira. Sendo em breve o lançamento.
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