POEMA - AS CONSEQUÊNCIAS DO VÍRUS


O mal maior já se sabe
A respeito deste assunto,
Onde há a lista oficial
Dos incontáveis defuntos
Foi feito ou não o teste,
Divulgado na Internet,
Na TV e rádio juntos.

Outras graves consequências
Desse tal confinamento
É não poder trabalhar
Como antes desse tormento,
Quando então a vida ia
Sem qualquer anomalia
Ou qualquer constrangimento.

Agora a coisa pegou,
Como bom prisioneiro
Do espaço-casa, onde mora,
E vive lerdo o dia inteiro,
Como preso na gaiola,
Buscar algo que consola
Como os filhos, companheiros.

Por falta do que fazer,
Sente forte uma tiriça,
Controlando o desespero,
Recheado de preguiça;
Vive com cara de sono,
De tristeza e de abandono,
Sem poder nem ir à missa.

O pior da reclusão
É o medo e a impaciência,
O temor da piração
Imposta pela Ciência,
Que proíbe de fazer
O que está no seu querer,
Mas desiste por prudência.

Ainda bem que há bom senso,
Temperado de esperança
De sair desse calvário;
O otimista sempre alcança
A benção da liberdade,
A luz maior da vontade
Filha da perseverança.




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