Não há coisa mais terrível,
Além da morte de
alguém,
Por causa da
pandemia,
É o que tão logo
vem,
Como falta de
velório
E também dos
acessórios,
Parecendo joão-ninguém.
O que está
acontecendo,
Por incrível que
pareça,
Todo mundo está
com medo,
Passando a mão na
cabeça,
De presenciar o
enterro,
De cometer algum
erro
E ser mais um que
pereça.
O pavor é o
contrário
Dessa peste
diabólica,
Quem tem vida
pensa bem
De não a ter como
heroica;
Uma via de mão única
E o luto é sua túnica
Nessa cena catastrófica.
Tem lugar onde o
cadáver
É brutamente
queimado,
Ou então, vários
caixões
Numa só vala
enterrados,
Distantes de seus
parentes,
Que queriam chorar
rentes
Dos corpos contaminados.
O receio do pior
Apavora qualquer
um,
Seja pai ou seja
mãe,
Seja filho ou mais
algum
Da família, a
sorte é essa;
Tudo mais o que
interessa,
Nessa hora, é
menos um.
Eita vida
miserável,
De perder o seu
valor
Na hora da
despedida
Do tristonho
chororô
Por quem parte
eternamente,
Sem ser visto
pelos entes
Da flora do mesmo
amor.
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