POEMA - O NETO




Não se pode avaliar
O chamego pelo neto,
Pelo lado dos avós;
É um laço tão concreto,
Que ninguém o desamarra;
Esse amor é uma farra
Na lista dos prediletos.

Essa nobre geração
Tem um trato especial;
Uma força diferente,
Quase sobrenatural;
Nesse ímã de magia,
Tudo vira simpatia
De maneira natural.

O amor do pai pelo filho
Fica como no escanteio,
Para dá lugar ao neto,
Que não sabe como veio
Tomar conta do reinado,
Pois no clã, fotografado,
Ele fica bem no meio.

Tudo é encantamento
Por parte dessa criança,
No falar, correr, sorrir
Com manha que não se cansa,
Por ser o mimo da casa,
Um anjo feito sem asa,
Com babação e bonança.

Esse zelo ou preferência
Tem limite nos cuidados,
Para que mais tarde o jovem
Não sofra por ser mimado;
Caso fora dos estudos,
Pode perder quase tudo,
Vivendo desnorteado.

A cegueira dos avós
Em relação com tal ser
Chega a ser compreensível,
Mas pode comprometer
A sua vida futura,
Onde a sorte não segura
Nem pagando para ver.


Paulo Oliveira

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