Companheiros de viagem,
A bordo deste Brasil,
Estamos em alto-mar,
Escondidos num navio
Abalados por tormentas,
Onde o fraco não
aguenta
Por ver o que jamais
viu.
Nós já vimos tubarões
E outras feras
conhecidas,
Mas não o coronavírus
De feição desconhecida,
Nem por meio de
aparelho
Ou com ajuda de
espelho,
Ninguém o vê nesta
vida.
Ele causa seus efeitos
Após testes positivos,
Derrubando os mais
idosos,
Com métodos tão
nocivos;
No meio da tempestade
Por qualquer lado ele
invade
Para matar sem motivo.
Até bravos corajosos
Desse dragão sentem
medo;
Pelo mundo faz estrago,
Forçando dormir mais
cedo;
Tanto no mar, no ar, na
terra,
Parece tempo de guerra
Ou um samba sem enredo.
Ele prefere a quem
viaja
Pelo céu do exterior;
Não dispensa autoridade,
Quem se julga de valor;
Apavora qualquer um;
Desses humanos, nenhum
Pode cantar seu louvor.
Acabou-se a vaidade,
Arrogância e
preconceito;
Ninguém é mais que
ninguém,
Todo mundo é imperfeito,
Ao chegarmos lá no
porto,
Vamos ver quantos tem
mortos
E entrega-los ao
Perfeito.
Autor: Paulo Oliveira
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